terça-feira, outubro 25, 2011

Sobre Análise de Dados

Abraham Wald. Ele foi um peculiar matemático judeu nascido na Europa que emigrou para os EUA fugindo da perseguição nazista. Wald aplicou sua mente a uma tarefa aparentemente simples: estimar a vulnerabilidade de aviões. Para isso, observou os aviões cheios de buracos que retornavam do front. Simples, não?

















Depois de elaborar sofisticadas técnicas de análise, contudo, sua recomendação pode soar absurda. Ele recomendou que as partes dos aviões que não haviam recebido tiros eram as mais vulneráveis, e deviam ser reforçadas. Algo como colocar um curativo onde não há um machucado. Por quê?
A resposta está nos aviões que ele analisou – eram os aviões que haviam retornado do front. Wald levou em conta que os aviões que retornavam, ainda que cheios de buracos, haviam resistido às avarias o suficiente para fazer a viagem de volta. Os buracos indicavam os locais mais robustos, que podiam resistir a avaria, não os mais frágeis. Ao contrário, as áreas intactas apontavam as zonas que não podiam ser atingidas, pois se o fossem, os aviões seriam perdidos em combate. Os que retornavam com elas intactas haviam tido sorte.
A análise de Wald considerou o que se chama de viés de seleção: o conjunto de dados analisado já foi selecionado de alguma forma, e uma análise apropriada deve levar isto em conta. Aqui está outro exemplo: você já parou para se perguntar por que nunca dá ocupado quando você liga para o número errado?
Em verdade, o que ocorre é que geralmente percebemos que ligamos para o número errado apenas quando a pessoa do outro lado atende à ligação. Guardamos em nossa memória uma seleção muito peculiar de dados. Do contrário escutamos o sinal de ocupado sem nunca percebermos que ligamos para a pessoa errada. Um mistério aparente surge se não considerarmos que os dados que consideramos estão enviesados.


Via sedentario.org

sexta-feira, outubro 21, 2011

Esqueça o filtro solar e acredite no conhecimento


Esqueça o filtro solar e acredite no conhecimento é o primeiro curta-metragem da SUPER e traz 12 conselhos científicos para uma vida mais interessante.
Acredite no conhecimento. Enxergue SUPER



Ideia Original - Kleyson Barbosa
Roteiro - Cláudia Fusco, Kleyson Barbosa e Raphael Erichsen
Ator - Rodrigo Arijon
Direção - Raphael Erichsen
Direção de fotografia/Câmera - Rodrigo Braga
Montagem - Tiago Berbare
Produção - Amanda Rodrigues
Pós-Produção - Sindicato Filmes
Coordenação de pós-produção - Tiago Berbare
Som Direto/Edição de som - Daniel Téo
Assistente de direção - Clarice Laus
1* assistente de câmera - Bruno Cas
2* assistente de câmera - Fábio Costa
Direção executiva - Edson Bottura
Coordenação executiva - Josi Campos
Assistente de coordenação -- Caio Caprioli
Diretor de Redação da Superinteressante -- Sergio Gwercman

"Noite Americana", "Orange Trafic Cones", "Way back home" e "Afterglow" gentilmente cedidas por Driving Muisc
www.driving-music.net

Produção - 3filmgroup.tv
Realização - SUPERINTERESSANTE

quinta-feira, outubro 13, 2011

Diagnóstico Precoce

Trabalhar com propaganda é algo muito peculiar. Todo mundo acha que sabe fazer. Todo mundo tem uma "grande ideia". Todo mundo duvida que aquilo que você diz é o que eles precisam mesmo. Fora isso, temos briefings sem foco, ou que querem falar de tudo ao mesmo tempo. Planejamentos feitos no achômetro e a famosa "intuição", muito valiosa, mas que é muito usada como refúgio de quem não leu o briefing, nem estudou o problema.

Imaginem se os médicos fossem tratados como publicitários. O paciente ia dar pitaco na receita. Diminuir a dose para economizar. Dispensar um dos remédios, pois, afinal, "já estou tomando dois, pra que o terceiro?" Ou então decidir que quer operar e acabou. Comparo isso a frases do tipo: "Faz um viral!" Fico imaginando o Dr. House numa dessas reuniões de planejamento/briefing.

Claro que existem publicitários e publicitários, como também existem médicos e médicos. Numa analogia entre publicidade x medicina, estamos repletos de bizarrices como as que descrevo abaixo:

- Bom dia, Doutor!
- Bom dia, Gustavo. O que o traz aqui?
- Quero operar.
- Mas operar de quê?
- Ah, eu vi que tem muita gente fazendo, quero operar.
- Mas que tal fazer uns exames antes, ver se realmente precisa de algo?
- Exame? Não é só fazer a operação?
- Calma.
- Tem um negócio novo, aí, silicone. É bom?
- Silicone?
- É, nunca viu?
- Claro que já, mas silicone? Deixa pra lá, vou pedir os exames.
- Mas eu tenho que pagar?
- Claro.
- Ah não, olha pra mim o senhor mesmo e diz se tenho alguma coisa.
- Não. Além desses exames aqui eu quero um Raio-X.
- Raio-X pra quê? Eu falo o que eu sinto e o senhor busca na internet algo parecido.
- Ok, corta o raio-x.

Tempo passa.

- Bom dia, Doutor!
- Bom dia, Gustavo. Trouxe os exames?
- Sim, tá tudo aqui.
- Deixe-me ver. O senhor não precisa operar de nada. Só tem uma alteração no Colesterol. Exercícios, alimentação e esse remedinho aqui por um tempo.
- E?
- Viu? O senhor não precisa de uma operação.
- Como assim, Doutor? Eu quero operar. Tá todo mundo fazendo.
- Sim, todo mundo que precisa. O senhor só tá precisando arrumar outras coisas.

Gustavo indignado procura outro médico.

- Bom dia, Doutor!
- Bom dia, Gustavo. O que o traz aqui?
- Quero operar.
- Secretária, traz o bisturi.

sexta-feira, outubro 07, 2011

Nike 600k SP-RIO

Comecei a correr há 1 mês. Preguiça? Ainda tenho demais. Mas a recompensa por concluir um treinamento ou atingir uma meta é muito maior. Um dia são 2k, no outro, 3. Já fiz também minha primeira prova. 5k em 37'11''. Lento, muito lento. Porém, cruzar a linha de chegada compensa qualquer dor. Inexplicável a sensação de vitória mesmo que seja o último colocado (não fui).

A ideia agora é correr. E estou curtindo muito. Treino com Nike+ e tenho acompanhado na comunidade os preparativos para a Nike 600K SP-RIO. A corrida percorre um dos cenários mais lindos que já vi: a Estrada RioxSantos. Aqui está o documentário da prova do ano passado, veja e inspire-se.


 

 Documentário sobre a edição de 2009:

 

quinta-feira, outubro 06, 2011

Thanks Jobs

Acordei, fui correr com meu Nike+iPod. Cheguei, abri meu Macbook e transferi o resultado do treino. Entrei no carro liguei meu iPod para ouvir música. No trabalho, iMac. Notícias, check-in, twitter, tudo no iPad. Steve Jobs morreu ontem. Hoje, passei o dia percebendo seus feitos. Valeu, Steve!

Algumas frases marcantes de sua vida, via g1.globo.com


Sobre a vida

“Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates” –Newsweek, 2001

“Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso importa para mim”–The Wall Street Journal, 1993

“Você quer passar o resto de sua vida vendendo água com açúcar ou quer ter a chance de mudar o mundo?”– em entrevista a John Sculley para o livro “Odyssey: Pepsi to Apple”

“Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores.Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado[ o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare" – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“Você não pode conectar os pontos olhando para a frente; você só pode conectar os pontos olhando para trás. Assim, você precisa acreditar que os pontos irão se conectar de alguma maneira no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa – na sua coragem, no seu destino, na sua vida, no karma, em qualquer coisa. Este pensamento nunca me deixou na mão, e fez toda a diferença na minha vida.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“

Isto foi o mais perto que cheguei da morte e espero que seja o mais perto que eu chegue nas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso dizer agora com mais certeza do que quando a morte era apenas um conceito intelectual: nnguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para ir para lá. Ainda, a morte é um destino que todos nós compartilhamos. Ninguém conseguiu escapar dela. E assim é como deve ser porque a morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar.É eliminar o velho para dar espaço para o novo. Neste momento, o novo são vocês, mas algum dia não tão longe, vocês gradualmente serão o velho e darão espaço para o novo. Desculpa eu ser tão dramático, mas é a verdade” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“Seu tempo é limitado. Por isso, não perca tempo em viver a vida de outra pessoa. Não se prenda pelo dogma, que nada mais é do que viver pelos resultados das ideias de outras pessoas” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“

Tenha vontade, tenha juventude. Eu sempre desejei isso para mim. E agora, que vocês se formam para começar algo novo, eu desejo isso para vocês” – discurso durante formatura em Stanford, 2005


Sobre tecnologia

“Eu acho que [a tecnologia] fez o mundo ficar mais próximo e continuará fazendo isso. Existem desvantagens para tudo e consequências inevitáveis para tudo. A peça mais corrosiva da tecnologia que eu já vi se chama televisão, mas novamente, a televisão, no seu melhor, é magnífica.” – Revista Rolling Stone, dezembro de 2003

“Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido assim há muito tempo. A tecnologia não está mudando muito este cenário” – Revista Wired, fevereiro de 1996

“Se você é um carpinteiro e está fazendo um belo armário de gavetas, você não vai usar um pedaço de compensado na parte de trás porque as pessoas não o enxergarão, pois ele estará virado para a parede. Você sabe que está lá e, então, usará um pedaço de madeira bonito ali. Para você dormir bem à noite, a qualidade deve ser levada até o fim”— Revista Playboy, 1987

“O único problema da Microsoft é que eles não têm estilo. Eles não têm estilo nenhum. E não falo isso nas pequenas coisas, falo em tudo, no sentido de que eles não pensam em ideias originais e de que eles não levam cultura para os seus produtos – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996

Sobre o futuro
“Eu sempre estarei ligado à Apple. Espero que durante toda a minha vida o meu fio se cruze com o fio da Apple, como uma tapeçaria. Posso ficar afastado por algum tempo, mas eu sempre vou voltar.” – Revista Playboy dos Estados Unidos, fevereiro de 1985

“A principal razão para a maioria das pessoas comprarem um computador para suas casas será para se conectar a uma rede nacional de comunicações. Estamos apenas nos primeiros estágios do que será uma grande revolução para a maioria das pessoas – tão revolucionária quanto o telefone.” – Revista Playboy (edição americana), fevereiro de 1985

“A indústria do computador desktop está morta. A inovação virtualmente acabou. A Microsoft domina cada uma destas inovações. Isso acabou. A Apple perdeu. O mercado do PC desktop entrou em uma fase negra e ficará nela pelos próximos 10 anos ou até o final desta década” – Revista Wired, fevereiro de 1996
“Se eu tivesse largado esta única disciplina na faculdade [caligrafia], o Mac não teria diversas fontes e espaços proporcionais entre elas. E já que o Windows copiou o Mac, seria provável que nenhum outro computador tivesse a mesma coisa”. – discurso durante formatura em Stanford, 2005


Sobre a Apple

"Nunca tivemos vergonha de roubar grandes ideias” – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996

“Se eu estivesse liderando a Apple, eu apostaria tudo pelo Macintosh e depois me ocuparia com um próximo grande lançamento. A guerra do PC acabou, a Microsoft venceu há muito tempo” – Revista Fortune, 1996

“Estes produtos são um lixo. Não há mais sexo neles” – BusinessWeek, 1997

“Ninguém tentou nos engolir desde que eu estou aqui. Acho que eles têm medo de qual seria o nosso sabor” – reunião com acionistas, 1998

“Cara, a gente patenteou ele” (apresentando o iPhone) – Macworld, 2007

“Fizemos os botões na tela ficarem tão bons que você vai querer clicar neles” [sobre o Mac OS X] – Revista Fortune, janeiro de 2000

“Entrará para a história como uma grande mudança na indústria musical. Isso é histórico. Eu não posso subestimar isso” [sobre a loja virtual iTunes Music Store] – Revista Fortune, maio de 2003

“A cura para a Apple não está no corte de preços. A cura para a Apple está em inovar o meio de sair deste problema” – Apple Confidential: The Real Story of Apple Computer, 1999

“Eu não percebi isso na época, mas ter sido demitido da Apple foi a melhor coisa que aconteceu comigo. (...) Foi um remédio com gosto horrível, mas acho que o paciente precisava dele”. – discurso durante entrega de diploma de Stanford, 2005