Foto: Leonardo Ceoldo
Nasceu ali, no meio do nada. Poderia ficar na defesa, optou pelo ataque. Mas estava na várzea e ali não tem posição marcada.
Jogou bola, furada, de meia, usada. Driblava. Humilhava. Mas estava na várzea e ali se leva cacetada.
Vez gols de craque. Da pancada ao mero tapa. Mas estava na várzea e ali não tem placa.
Fez mais de 1000 gols. Venceu inúmeros duelos. Mas estava na várzea e ali não tem taça.
Foi impedido, iludido, acreditou desde o princípio. Mas estava na várzea e ali raça não basta.
Poderia ser Pelé, Ronaldo, até Beto cachaça. Mas estava na várzea e ali, nada passa de graça.
Era craque, dava passe e desfilava. Mas estava na várzea e ali a vida passa.
Era o melhor jogador do mundo. Mas não encantava a massa, pois jogava no Esporte Clube da Praça.
Um comentário:
Tem talento para a crônica esportiva, parabéns!
Sobre o texto...Talento é bom, mas não é tudo, infelizmente. Há que se ter sorte, também.
Aliás, você já leu "Outliers"? Recomendo, especialmente se você pretende ter filhos!
http://blog.oquederevier.com/2008/12/14/critica-de-livro-outliers-fora-de-serie-de-malcolm-gladwell/
Bj
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